Sobre a Teia de Réia

A Teia de Réia nasce como um espaço de integração entre diferentes formas de conhecimento, onde tradição e inovação se entrelaçam para oferecer novas possibilidades de compreender a vida. O nome remete à figura mítica de Réia, guardiã da criação e da potência feminina, evocando a imagem de uma teia que conecta saberes, pessoas e experiências.

Nosso propósito é construir pontes entre antigos mitos e a realidade contemporânea, entre a arte e a ciência, entre filosofia e práticas espirituais, para que cada pessoa encontre um caminho de transformação pessoal e coletiva. A Teia não é um espaço de respostas prontas, mas de provocações que convidam à reflexão, ao autoconhecimento e à ressignificação de padrões que limitam a existência.

Entre os fios que sustentam essa teia, estão os contos, os mitos, a psicologia analítica, a filosofia, as tradições ancestrais e as práticas contemporâneas de cuidado e expansão da consciência. Cada elemento se torna uma chave simbólica que abre portas para novas formas de viver, sentir e se relacionar.

Áreas de Estudo

Autoconhecimento e Autorrealiazção

Isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além…” – Paulo Leminski

Trata-se da nossa  jornada  em  direção  à nossa coerência  interna, quem somos e da descoberta e integração de todas as nossas partes, sejam elas nobres ou nem tanto. Esta jornada evoca a  busca significativa de quem nós somos e qual é nosso propósito na  vida. Aqui o objetivo  não  é  ser  bem-sucedido  ou  amado,  mas  nos  tornarmos  a  mais verdadeira  expressão  de nós  mesmos, vivendo a nossa individualidade, honrando nossos dons naturais e vocações e estando a serviço da humanidade e do mundo.

Vocação e Serviço

Trabalhar é mais que produzir: é viver juntos.” – Christophe Dejours

O trabalho como caminho para a construção de sentido e significado foi tema de minhas duas monografias quando na conclusão do Curso de Psicologia e da Pós Graduação em Psicologia Transpessoal. Aqui procurei investigar em vertentes diferentes da Psicologia, como é possível extrair sentido, significado e propósito do trabalho ao vê-lo não apenas como profissão mas também como vocação, ou chamado para servir. 

Nesta pesquisa encontrei que, para se extrair significado do trabalho é preciso ir além dos protocolos e dos procedimentos, é preciso exercitar a criatividade deixando assim minha marca pessoal. É preciso estar disposto a se descobrir e se conhecer: saber quem se é, e o que se pode fazer. É fazer o possível a partir do lugar que se ocupa, procurando soluções, através de uma posição responsável. O Trabalho precisa ser Vivo, e para isso manter uma certa Indignação Mobilizadora e uma Responsabilidade Consciente. Mas antes de mais nada, trabalhar é estar aberto a me transformar através das dificuldades e do olhar do outro que constrói minha subjetividade através das relações.

Genialidade Coletiva

Eu sou porque nós somos” – filosofia Ubuntu

Sou uma apaixonada pelos paradigmas como Evolutivo Teal, Inteligência Coletiva, a Arte de Anfitriar e todos os métodos de autogestão e de interação voltados a produzir soluções, onde são aplicados um  conjunto  coerente  de habilidades e técnicas  para  decisões  coletivas saudáveis  e  eficientes. Aqui são aprofundados conhecimentos  nas  bases fundamentais da colaboração humana: diferentes tipos  de  escuta e de  comunicação,  como conduzir reuniões,  como  criar  apoios mútuos entre os colegas e outras habilidades práticas. Neste nível deixamos  para  trás  a  ilusão  de  que  um  indivíduo, por mais competente que seja, possa dominar todas as informações de um sistema  tão  complexo e, heroicamente, desde o topo da pirâmide, dar a orientação certa para centenas de decisões que precisam ser tomadas constantemente. Em vez disso, confiamos na inteligência coletiva do sistema.​

Além de procurar aplicar estes conceitos em todas as minhas carreiras, por ser sempre fascinada pela ideia da inteligência coletiva, a vida me chamou a fazer parte da Aldeia Sukhavati, e estabelecer moradia em Quatro Barras. O CEBB Sukhavati faz parte do projeto de Aldeias CEBB, que visa a estabelecer Terras Puras: locais que facilitem a promoção da vida humana preciosa, bem como dos valores budistas de sabedoria e compaixão na prática. O mais bacana é que o projeto se sustenta a partir de Mandalas que representam o conceito de ação coletiva no mundo de forma a gerar benefícios para as pessoas, através de uma associação sem fins lucrativos com o objetivo de promover atividades nas áreas de educação, alimentação saudável, artes e meio ambiente para que possamos construir, coletivamente, uma cultura de paz.

Espiritualidade e Transcendência

Nós não temos uma ideologia… nem uma teologia. Nós dançamos.” – Monge Xintoísta

Por anos fui autodidata na abordagem da Psicologia Transpessoal que entende que, para além das emoções e da cognição, podemos compreender a psique como uma consciência e um espaço de experiência do numinoso, permitindo novos modos de ver fenômenos e experiências religiosas e espirituais. 

Aqui estamos no espaço de temas como: união com o todo, presença integral, permeabilidade, amplitude aberta, emocionar-se, sentir-se profundamente tocado por energias numinosas, vivência da unidade universal, experiências místicas de convergência do Si-mesmo individual com o absoluto.

 Em outras palavras, sempre me fascinou a experiência do que há de mais baixo e de mais elevado na alma humana em experiências que são geralmente associadas com os conceitos de “espiritualidade” e “mística”. Hoje minha prática devocional é um espaço semanal que reservo para manter meu equilíbrio espiritual e psicológico, entendendo que o ser humano é um todo integral, que transcende a si mesmo e a todo o entendimento.

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